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Segundo o Datafolha, em junho de 2022, 8% da população brasileira residia em propriedades financiadas. Contudo, inúmeras inverdades circulam sobre o tema do financiamento imobiliário.
O anseio pela casa própria é um sentimento comum entre os brasileiros, e o financiamento pode ser a chave para concretizá-lo.
Esse processo, contudo, pode ser repleto de burocracias e complicações, o que gera muitas incertezas. Há uma grande quantidade de desinformação sobre o assunto e, frequentemente, as notícias sobre financiamento imobiliário são complexas e cheias de jargões, tornando a compreensão mais difícil para o público em geral.
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Portanto, neste 1° de abril, Dia da Mentira, vamos desmascarar algumas dessas falsidades e esclarecer informações sobre o financiamento imobiliário.
1 – Financiar uma propriedade implica em juros altos
Naturalmente, a taxa de juros é um ponto crucial a ser considerado em qualquer financiamento.
Muitos acreditam que os juros de um financiamento imobiliário devem ser exorbitantes, dado o desafio que é a aquisição da casa própria para a maioria dos brasileiros.
Porém, comparativamente ao mercado e a outros tipos de financiamentos, esses juros são baixos. As taxas variam entre 9% a 11% ao ano, o que facilita a compra do imóvel.
2 – É possível financiar 100% do valor do imóvel
Para mitigar riscos de perda nas transações de financiamento imobiliário, o Banco Central estabelece certas limitações quanto à parte do imóvel que pode ser paga a prazo.
Por esta razão, na maioria dos bancos, é possível negociar no máximo 80% do valor do imóvel. Isso significa que você deve pagar 20% do valor como entrada, e o restante será parcelado conforme a negociação com o banco.
3 – Consigo financiar um imóvel mesmo com o nome sujo
Infelizmente, o processo de financiamento é bastante complicado para pessoas com o nome registrado nos órgãos de proteção ao crédito, como Serasa e SPC.
Esses órgãos fornecem informações sobre o perfil do solicitante de crédito, e os bancos utilizam esses dados para decidir se concedem ou não o financiamento.
Se você já possui dívidas existentes, os bancos entendem que é improvável que você consiga assumir o compromisso do financiamento. Por isso, é recomendável quitar suas dívidas e regularizar sua situação antes de iniciar o processo de financiamento.
4 – A Caixa é o único banco que pode financiar meu imóvel
Não é verdade. Embora a Caixa seja o banco mais tradicional para essa operação, existem várias outras instituições financeiras que também oferecem esse serviço.
É essencial pesquisar todas as opções, pois alguns bancos podem oferecer condições e taxas mais atrativas para o seu perfil. No entanto, para financiamentos pelo programa Minha Casa Minha Vida, a Caixa é responsável pelo processo.
5 – Posso usar o FGTS para financiar Qualquer tipo de imóvel
Essa é uma inverdade comum sobre o financiamento imobiliário, já que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não pode ser utilizado em todas as modalidades de financiamento.
O primeiro aspecto que você precisa entender sobre o FGTS é que para ser elegível ao benefício, o cidadão precisa ter trabalhado, ao menos, três anos com carteira assinada, sejam eles contínuos ou não. Além disso, existem outros requisitos para a utilização do FGTS no financiamento de um imóvel:
O imóvel tem que localizado na cidade onde você mora ou trabalha.
O imóvel tem que ser especificamente para moradia
Você não pode ter nenhum outro financiamento em andamento.
Embora para alguns possa parecer uma fonte de endividamento, financiar um imóvel pode ser a solução para muitos, e principalmente, pode representar a concretização do sonho da casa própria.
O mais importante ao tomar essa decisão tão significativa é entender todo o processo de financiamento, pesquisar e conhecer os detalhes do processo.
Dessa maneira, você evita o risco de perder o controle das suas finanças, além de garantir segurança para a sua moradia e para a sua família.